sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tempo


Quanto tempo até o sol dar lugar a lua?
Pra lagarta virar borboleta, pra nuvem fazer chuva?
Quanto tempo até o livro acabar, a página virar, o novo aparecer?
Até a mudinha virar árvore, a banana amadurecer e a noiva dar seus passos no altar?
Quanto tempo?
E será mesmo que esse tal de tempo é o essencial?
Ou o jeito que o abraço se encaixa, por minutos sem fim?
A capacidade com que duas amigas sorriem com os olhos, e isso basta: se entendem.
Ou quem sabe o click no momento perfeito de um pôr do sol, receber um cartão singelo que não esperava, dividir um café, um sorvete, ou uma pizza com alguém que acrescenta simplesmente por estar ali.
Na vida, o tempo, o cronológico, tanto faz.
O que me importa é o peso, o instante, a magia, o que ganho e o que deixo nos encontros tão amplos e aparentemente banais.
O que fica no fundo, é isso.
O tempo que se dá, que se ganha ao se perder.

3 comentários:

  1. Que lindo Anamel!
    Também criei um há pouco tempo, e descobri que é muito gostoso escrever!!!
    Adorei o seu!

    Beijinhos

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  2. Lindo, filha, teve a quem puxar, hehehehehehe, posto um comentário no meu tb, tem o end. lah no meu orkut, e poste outros, aquele do acaso, que eu coloquei no meu livro, de como vc e Lipe se conheceram, é maravilhoso, bjs, te amo, minha filha, que Deus te abençoe hj e sempre!

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  3. Ahhh!! Agora sim! Melhor do que o outro que eu achava melhor esse! Gosteeeei muito!!! (haha, é a partir de textos assim que eu me inspiro a escrever coisas como "memórias de abacate" =)

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