segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vida nova, ano novo.

Basta uma luz. Ela se acende, e você enxerga. Basta. Desbasta a bagunça, o que dificulta, dificultava.

Quando se está no escuro por muito tempo, e de repente algo se acende, os olhos doem, é incômodo enxergar. É mais ou menos como o bebê, que tem dificuldade de abrir os olhos assim que nasce, pois a luz é forte de mais, e o esforço é grande. Mas aos poucos, ele vai se adaptando e logo quer ver tudo que o cerca.
Dessa forma, aos poucos, a cada piscar, nossos olhos vão se acostumando com a novidade. E mesmo quando teimamos, quando como crianças indefesas, traçamos o caminho que nos levaria ao sofrimento, Ele permite, Ele acompanha, e vai acendendo as lâmpadas pelo caminho... Pela sua graça, numa dessas, voltamos a ver. O caminho já não parece tão florido, tão interessante como antes. Podemos ver os buracos, as gigantes ladeiras, o que de nós ficaria no caminho... A luz que chegou pode deixar clara de mais aquela situação que não queríamos ver direito... e dói, incomoda, surpreende. Mas Ele está ali também, e junto com a feiúra que surgiu com a luminosidade, outras coisas apareceram: aquele amigo que você não via há tempos, aquela oportunidade de pegar de volta no violão empoeirado que de tanto gostava, aquele tempo só pra cuidar de você, que você vinha empurrando com a barriga... lembra? Sobrou espaço agora, espaço pra ser aproveitado com amor, com comunhão, novos laços, e daqui ha um tempo, uma novidade ainda melhor de vida. Mas até que ela chegue, aproveite, se cuide, lembre-se de relacionar-se com o Deus, aquele que acendeu a luz e permitiu que você visse, Ele quer continuar com você em todo o tempo, mesmo nos momentos mais escurinhos... Ele pode ser sua lanterna, sempre em mãos. Às vezes, é preciso que algo que acreditemos nos decepcione: um amor, um emprego, um sonho. Nesse momento uma nova luz pode acender, e tudo, no seu tempo, se refaz. 
Andar sozinho não tem graça, bom mesmo é ser cheio da graça de quem vê além das curvas e além do nosso alcance.

Pouco importa. Andar ao lado de quem guia faz toda a diferença.