quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tom diferente

Os dias transformam
a escuridão em luz
as cores do céu,
o brilho do sol em lua,
o breu em estrelas brilhantes.

O verde da fruta dá lugar ao amarelo
As folhas, as flores, as marés...
Tudo muda no espaço dos dias.

Os dias transformam esbarrões em encontros,
conversas em trocas,
abraços em laços,
asas de borboleta...

Como em uma dança circular,
o presente vai virando passado
e o futuro, presente se faz.
Sempre em ritmos diferentes a dança acontece:
Por vezes, lenta como uma valsa
por outras, apressada no passo de um forró.

O dia faz crescer as crianças,
aumenta a saudade
e encurta a espera.
A lágrima se desfaz num sorriso,
gerando esperança,
brotando arte.
A falta encontra aconchego
e a busca, um tesouro.

Nessa dança filho vira pai,
e pai (re)vira criança.
A mudinha se torna uma grande mangueira
as ruas de terra viram estradas.

Os versos se unem em música
A pescaria transforma-se em um belo jantar
Os sonhos um dia se tornam viagens
E mais tarde, lembranças em fotografias.

Tudo começa, cresce
e um dia chega ao fim.
Seja porque não se vê,
ou porque já não se sente.
Cada dia tem um tom diferente.

A única coisa que se sabe,
é  que enquanto estivermos na pista
a dança continua.
O tempo todo...

Basta um dia de cada vez.

Take your time, do it slow sometimes
Look around, take a breath
Respect you own feeling and be true.
But keep on dancing.
No one else can do it for you.

"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." Mt 6:34

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sobre a fotografia

Hoje é o dia mundial da fotografia!
Muitas coisas tinham vindo à minha mente hoje, mas saber dessa data me fez desviar de todos os outros assuntos.
Por hoje, que as imagens falem por elas mesmas!

Há cor na cidade!
































"Nós que passamos apressados
 pelas ruas da cidade
 merecemos ver as letras
e as palavras de gentileza..."

=)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Casando



Casamento...  palavra sólida, cercada de conceitos preestabelecidos, e para a maioria dos meus amigos: planos completamente distantes. (Será que daria para chamar de plano?) rs.
Pra mim tem sido diferente: sonhos, planos, preparativos. Não é pelo vestido branco, pela festa, nem mesmo pelas fotografias (juro!!), mas pelo desejo de juntar as rimas, as escovas, os sonhos. Sei que não será fácil... Não tem como ser. Somos diferentes, por vezes opostos. Ele gosta de levantar cedo, eu durmo até não pedir mais... Ele fala muito, eu até que gosto de um silêncio. Ele assiste àquele filmes bobos e dá risada como criança, e eu fico com a língua coçando, morrendo de vontade de criticar a cena. Mas ainda assim, há o encontro. Ele me bota os pés no chão quando a objetividade me falta, e segura a minha mão para criar novos sonhos comigo. Me mima, me enche de carinho e de certeza que podemos ir mais longe. Que o caminho se multiplica enquanto andamos por ele.
Quem conhece minha história de vida sabe que não fui uma menininha que fazia do lençol branco um véu de noiva, nem muito menos achava que casaria com cada cara que conheci durante a adolescência... Filha de pais separados – e (re)casados, e (re)separados, (Ufa!!), nunca idealizei de mais essa história de casamento. Mas como psicóloga não freudiana (com todo respeito, acho o cara um gênio), não creio que estamos fadados ao fracasso, à repetição do que nos foi exposto através dos nossos pais, ou à incapacidade de escrever uma história diferente daquela. Justamente por tê-la vivido assim, é possível desejar o diferente. Acredito na saúde, na força do ser humano e é claro – no desejo de tornar consciente aquilo que não se quer repetir. De outra forma, sei o quanto somos capazes de nos tornarmos vítimas das histórias prévias (mas isso já é outro assunto). Jovens de mais? Para sonhar, dividir dores e somar amor? Não acho que o número de bolos de aniversários tenha nada a ver com isso.
Sei que obstáculos virão (acredite, já me deparei com alguns ao longo do caminho...), mas creio no milagre do amor. Na reafirmação diária, no desejo de fazer o outro mais feliz. Faremos os votos na certeza de que sozinhos seremos incapazes de cumpri-los (sim, isso mesmo). Mas também na certeza de que o amor sem medidas do Pai, que um dia eu conheci, é o que tornará possível. Muitas coisas especiais na minha vida são invisíveis: o amor, a paz, o calor, o vento, a música, a sintonia com o outro... e algumas outras, pelos meus 3 graus e meio de miopia, tornam-se borradas. Fazem-me lembrar que só se vê bem com o coração. E para que o coração não se engane, é preciso estar juntinho daquele que tem a “visão além do alcance”. =)
Seremos três.  E apenas um.  
Amém.
Amem!