terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Up in the air

Filmes têm um poder incrível de me desprender dos meus próprios pensamentos. Fico ali, embasbacada, perdida num universo que (aparentemente) não me pertence. Quem me conhece sabe, que fora as ficções científicas, me concentro e vivo aquelas cenas de uma forma emprestada, sentindo cada segundo delas pulsar dentro do meu peito. Hoje tive um dia cercado de cenas (que não minhas). E logicamente, muitas delas me remeteram a coisas tão minhas, tão guardadas, que mal sabia eu que as tinha aqui... (Fenômeno também conhecido como cartarse, rs). Se eu não fosse uma psicoterapeuta-quase-formada, diria que assistir a filmes (bons, diga-se de passagem), daria conta de uma bela gama de questões mal resolvidas. É claro que pra isso, indicaria uma boa dose de reflexão e humildade - sim, para assumir suas angústias, falhas e faltas, elas são necessárias.
As cenas de hoje me fizeram pensar. Em solidão, em companhia, em relacionamento. Em como é bom estar acompanhado e em como é ruim sentir-se só mesmo com alguém por perto. Me fez pensar em coisas "banais", como  a importância de regar minhas relações preciosas e não pensar no tempo como algo só meu, onde faço divisões mecânicas procurando organizar meus dias. O tempo não é nada além de uma invenção nossa, uma tentativa desesperada de colocar ordem em tudo. Vida é desordem. E o tempo, ganha muito mais valor se for compartilhado.
Sei que o mundo nos grita: PLANEJE! Mas sabe, só hoje, só por alguns minutos, quebre seus planos... deixe a surpresa te apanhar, como num filme repleto de cenas (aparentemente) alheias.

Um comentário:

  1. Bom
    Bom

    Você devia ter falado um pouco do Up in the air, que é um filmaço! Aliás, eu vi a maioria desses filmes aí do lado e realmente, não tem um ruim! São todos muito bons =) (O Albergue Espanhol é tão legal haha).

    Vai estudar esse semestre?

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