segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

FlorEline

Conhecê-la sempre significou algo profundo, marcante. Em uma geração de iguais, onde todas pareciam ter os mesmos gostos, mesma aparência, mesmas conversas superficiais, ela se destacava. Mesmo ao olhá-la de longe, já era possível sentir que se tratava de alguém diferente, desconcertante até.  Era nova, e ainda assim, tinha muito a ensinar. Dona de um coração gigante, daqueles que se podia ver através de um sorriso frouxo, ou de um olhar que denunciava a alma leve que guardava dentro de si. E o riso da moça era mesmo contagiante! Nos embriagava, e fazia-nos esquecer nossas lamúrias por completo. Era raro sentir-se daquela forma! Era raro saber que havia alguém em que tudo era verdade, pureza e encanto. E como tudo que é raro é precioso, sabíamos que não valorizá-la era sinônimo de impossibilidade. Sua presença era canto, riso e olhar sincero, cada detalhe regado de amor. Ela enfeitava o ambiente e era portanto, um presente.
E não precisávamos de palavra. No silêncio de nossos corações, via-se a beleza do laço, do abraço.
Ela cantava amizade, encontro e beleza.
Nos restava então, agradecê-la: pela diferença que tanto fazia, pela profundidade que alcançava e ensinava, e mais ainda por aquele olhar tão bonito, que seguia por iluminar as esquinas dos nossos corações, por vezes apagados.

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