terça-feira, 15 de março de 2011

Quero


Às vezes quero tudo.

Quero pegar sol o dia todo sem me preocupar com filtro solar, sem pensar no amanhã, nas crises ou nos terremotos. Sem pensar que o mar pode virar Tsunami, que os anos passam, que posso ter três filhos, que posso nunca ter filhos, que posso ser uma boa mãe, ou daquelas que fazem de gato e sapato... Quero me perder de todos, inclusive de mim mesma, mas nunca daquele que me guia. Quero viajar o mundo, mas ter minha casinha, o meu ninho sempre à espera. Quero me desprender, e ao mesmo tempo me jogar no seu colo.

Quero ser adulta, ser borboleta, ser onda, ser vento. Quero ser uma mosquinha, um golfinho, uma menina... Quero ficar de férias, e voltar à rotina. Quero viver na Europa, mas nunca sair do lugar. Quero muito e não quero quase nada. Quero sorrisos, abraços, e laços sempre sinceros. Mas quero aprender com o meu fracasso, minhas decepções. Quero ser gente, me compadecer da dor alheia sem absorvê-la toda pra mim. Mas também quero não ligar, me esconder, ser ausente. Quero dizer não sem doer, e expandir... Não ter medo de sentir.

Quero um domingo tranqüilo, e todas as aventuras do mundo. E essa frase só me fez pensar na sua mão entrelaçada na minha, seja no domingo ou pelo mundo afora.

Quero o que quero e o que não quero tanto assim.

Quantas contradições cabem em mim?

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