terça-feira, 17 de agosto de 2010

Casando



Casamento...  palavra sólida, cercada de conceitos preestabelecidos, e para a maioria dos meus amigos: planos completamente distantes. (Será que daria para chamar de plano?) rs.
Pra mim tem sido diferente: sonhos, planos, preparativos. Não é pelo vestido branco, pela festa, nem mesmo pelas fotografias (juro!!), mas pelo desejo de juntar as rimas, as escovas, os sonhos. Sei que não será fácil... Não tem como ser. Somos diferentes, por vezes opostos. Ele gosta de levantar cedo, eu durmo até não pedir mais... Ele fala muito, eu até que gosto de um silêncio. Ele assiste àquele filmes bobos e dá risada como criança, e eu fico com a língua coçando, morrendo de vontade de criticar a cena. Mas ainda assim, há o encontro. Ele me bota os pés no chão quando a objetividade me falta, e segura a minha mão para criar novos sonhos comigo. Me mima, me enche de carinho e de certeza que podemos ir mais longe. Que o caminho se multiplica enquanto andamos por ele.
Quem conhece minha história de vida sabe que não fui uma menininha que fazia do lençol branco um véu de noiva, nem muito menos achava que casaria com cada cara que conheci durante a adolescência... Filha de pais separados – e (re)casados, e (re)separados, (Ufa!!), nunca idealizei de mais essa história de casamento. Mas como psicóloga não freudiana (com todo respeito, acho o cara um gênio), não creio que estamos fadados ao fracasso, à repetição do que nos foi exposto através dos nossos pais, ou à incapacidade de escrever uma história diferente daquela. Justamente por tê-la vivido assim, é possível desejar o diferente. Acredito na saúde, na força do ser humano e é claro – no desejo de tornar consciente aquilo que não se quer repetir. De outra forma, sei o quanto somos capazes de nos tornarmos vítimas das histórias prévias (mas isso já é outro assunto). Jovens de mais? Para sonhar, dividir dores e somar amor? Não acho que o número de bolos de aniversários tenha nada a ver com isso.
Sei que obstáculos virão (acredite, já me deparei com alguns ao longo do caminho...), mas creio no milagre do amor. Na reafirmação diária, no desejo de fazer o outro mais feliz. Faremos os votos na certeza de que sozinhos seremos incapazes de cumpri-los (sim, isso mesmo). Mas também na certeza de que o amor sem medidas do Pai, que um dia eu conheci, é o que tornará possível. Muitas coisas especiais na minha vida são invisíveis: o amor, a paz, o calor, o vento, a música, a sintonia com o outro... e algumas outras, pelos meus 3 graus e meio de miopia, tornam-se borradas. Fazem-me lembrar que só se vê bem com o coração. E para que o coração não se engane, é preciso estar juntinho daquele que tem a “visão além do alcance”. =)
Seremos três.  E apenas um.  
Amém.
Amem!










2 comentários:

  1. nossa!
    oi ana! sinta-se em casa no petiscares. tb visitarei seu vilarejo sempre.

    você não sabe a alegria de perceber que não estamos sós nessa decisão, que é, sem sombras de dúvidas, a mais importante das nossas vidas.
    quero te conhecer ao vivo :)

    por ora, um beijo por aqui.

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  2. Que lindo meu amor!!!

    Te amo muito...

    Que tenhamos uma vida linda e sempre junto daquele que tem a “visão além do alcance”...

    bjos

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