sábado, 24 de outubro de 2009

Vendaval


Tem dias que o sol brilha tanto,

que dá preguiça seu brilho enfrentar

Fico brincando de esconder na sombra,

até que uma nuvem chegue pra salvar.


Tem dias que a noite vem leve

Quase que como as ondas do mar

E de mansinho celebram a vida

Que o dia pediu só pra si


Tem dias que são belos, claros e raros

Que o presente ganha mesmo o peso que tem

De agora, de carpe diem

Mas mesmo assim, o coração fica lento

Querendo noticias de alguém

Que salve, que acuda, que grite

E me arranque da ostra construída


Não é que não tenha ninguém

Capaz de sacudir o viver

É que tem dias que são mesmo assim

Pra me encontrar no que baguncei

E como disse uma amiga

crises podem transformar lagartas

em borboletas azuis


Tem dias que o vento é brisa

mas dentro do peito, vendaval.


Um comentário:

  1. !! Gosto do seu jeito de escrever!!
    É melhor do que as poesias que a gente vê sempre
    Você consegue botar um final bonito
    e deixar especial!!
    Muito bom! (De verdade!)
    (ia escrever uma coisa em francês, mas não sei nada...)

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